Quando nos defrontamos com Jesus, sempre tomamos uma de três
posições: a favor, indiferente ou contra. Jesus nos adverte que “quem não está
com Ele, está contra Ele. Quem com Ele não ajunta, espalha” (MT 12,30). Em Ap
3, 14-16, avisa ao Anjo de Laodicéia: “Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e
verdadeira, o Princípio da criação de Deus. Conheço tua conduta: não és frio
nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, nem frio nem
quente, estou para te vomitar de minha boca”.
Estamos diante de Jesus. Devemos tomar uma posição. Deve ser
agora, não pode ser depois. Depois é um momento que não existe. Podemos não
estar mais vivos na carne depois. Estamos vivos agora. Já estivemos vivos antes
(desde nossa concepção até agora). Qualquer que tenha sido a opção que tenhamos
tomado, foi-nos dado um tempo suplementar, que é o agora, hoje. O antes já não
existe. O amanhã também ainda não existe. Não podemos preocupar-nos com o que
ainda não existe. Então, neste agora, que é o único tempo que temos, qual é a
opção? Quando nos encontrarmos com Jesus, deveremos apresentar-lhe a
contabilidade de nossa vida: qual será a diferença entre “sims” e “nãos”? E o
tempo de indiferença, durante o qual Ele estava por nos vomitar de sua
santíssima boca e se não o fez, foi por ser Ele a misericórdia infinita?! Ele é
a misericórdia infinita, mas, também, a justiça infinita, verdade infinita e
santidade infinita.
Para dizer “sim” a Ele, agora, devemos permitir-lhe
arrancar-nos do mundo; vai podar todo o excesso de “ramos” que não dão frutos e
vai-nos enxertar em Si, a Videira da nova Vida. Ao entregarmo-nos a Ele, para
que nos enxerte, quer pelo sacramento do batismo, quer pelo sacramento da
penitência, ficaremos felizes por poder lançar fora toda a bagagem de velhos costumes,
velhos vícios, velhas conversas. “Devemos deixar para trás toda a bagagem
inútil que nos impede de sermos enxertados.” (Pe. Teodósio Cesar de Aquino).
Olhando certos mendigos de rua, vemos que eles carregam um
monte de sacos e tralhas, pois ali está toda a sua fortuna. Mas toda essa
fortuna é só tralha. Eles poderiam ir aos albergues e banhar-se, receber roupa
limpa, refeições, acolhimento, dignidade, trabalho... Mas isso exige uma séria
mudança, e muitos não a querem, preferem continuar por toda a vida carregando
tralhas. Isso tudo, essa mudança toda que nos é
exigida nos dá grande medo. Dá grande angústia, saudade do
que foi deixado atrás. Temos medo de deixar aquilo que entendíamos como certo,
e que o mundo sempre nos apresenta como certo, para mergulhar em águas (do
batismo, da aceitação incondicional de Jesus) que não conhecemos.
Por isso, através de Paulo (Cl 3, 5-11; Rm 12,2; Ef 2,15;
2Cor 5, 17), Jesus nos adverte que devemos desvestir-nos do homem velho, com
suas práticas e revestirmo-nos do homem novo, que se renova para o conhecimento
segundo a imagem de seu Criador. E nessa mudança, nessa conversão, novamente
Ele nos adverte: “quem põe a mão ao arado e olha para traz não é apto para o
Reino de Deus” (Lc 9, 62).
Jesus , porém, não fica apenas nessas advertências sérias.
Enquanto no-las faz, urgindo-nos, estende-nos sua mão, Ele
sorri e nos acolhe, e, como aos apóstolos, que navegavam em águas agitadas pelo
vento, numa determinada madrugada e vendo-o andar sobre essas águas gritavam de
medo, Ele simplesmente nos diz: “Tenham confiança, sou Eu, não tenham medo” (Mt
14, 25).
A Zacarias, quando “vê o Anjo do Senhor, de pé, `direita do
altar do incenso, Deus diz: ‘Não temas, Zacarias, porque tua súplica foi
ouvida...” (Lc 1, 13) Identicamente a Maria, quando o Anjo Gabriel lhe anuncia
que será mãe do Salvador, ela que havia feito voto de virgindade e de
consagração perpétua ao Senhor, o Anjo lhe diz: “Não temas, Maria! Encontraste
graça junto de Deus” (Lc 1, 30). “José, filho de Davi, não temas receber Maria,
tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo” (Mt 1,20). Na
noite do nascimento de Jesus, o anjo aparece aos pastores: “Não tenham medo!
Eis que eu lhes anuncio uma grande alegria...” (Lc 2,10). Depois da pesca
milagrosa, Pedro ficou com medo e atirou-se aos pés de Jesus. E Ele lhe diz:
“Não tenha medo, Pedro! Doravante serás pescador de homens”. (Lc 5,10). Falando
que devemos abandonar-nos nas mãos da Providência: as aves não semeiam e não
colhem e Deus as alimenta e que os lírios vestem-se mais belamente do que
Salomão... Ele conclui: “não tenha medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado
do Pai dar-lhes o Reino!” (Lc 12, 22- 32). “Não tema, filha de Sião! Eis que
vem teu rei montado num jumentinho! (Zc 9,9). Ao chefe da sinagoga, Jairo,
quando os seus lhe disseram que sua filha havia morrido, que não necessitava
mais importunar o Mestre em busca de cura, Jesus, o Mestre, lhe diz: “não
temas, Jairo, crê somente e ela será salva!” (Mc, 5,36; Lc 8,50). Na
transfiguração, no monte Tabor, diante de Pedro, Tiago e João, “os discípulos,
muito assustados, com o rosto no chão, Jesus chega-se perto deles e,
tocando-os, disse: levantem-se, e não tenham medo” (Mt 17,6-7). “Não tenham
medo, sei que estão procurando Jesus, o crucificado, Ele não está aqui, pois
ressuscitou como disse, diz o Anjo às mulheres que foram embalsamar Jesus, no
primeiro dia da semana, após sua morte”. (Mt 28, 5). Ao despedir-se dos
apóstolos, depois de ter advertido Pedro sobre sua tripla negação, Jesus nos
tranqüiliza: “Não se perturbem os seus corações! Vocês crêem em Deus, creiam
também em mim” (Jo 13,38-14,1).
João, o apóstolo, conta: “quando estava preso na ilha de
Patmos, no dia do Senhor, fui movido pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz
forte. ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros,
alguém semelhante a um filho de Homem, vestido com uma túnica longa e cingido à
altura do peito com um cinto de ouro. Ao vê-lo, caí como morto a seus pés. Ele,
porém, colocou a mão direita sobre mim assegurando: Não temas! Eu sou o
Primeiro e o Último, o Vivente, estive morto, mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos, e tenho as chaves da Morte e do Hades (a mansão dos
mortos)” (Ap 1, 9-16).
Ele não nos estende a mão e nos acolhe só e simplesmente.
Ele faz mais! Do terraço de sua casa, que é a casa do Pai, Ele olha o caminho
por onde deveremos voltar para Ele, e nos aguarda. No primeiro instante que nos
vislumbrar no caminho de volta, não ficará lá, parado, esperando que cheguemos,
“virá ao nosso encontro, correndo, lançar-se-á ao nosso pescoço e nos cobrirá
de beijos” (Lc 15, 20), para devolver-nos a nossa dignidade, para “revestir-nos
com a melhor túnica, colocar o anel em nosso dedo e calçados nos nossos pés”
(Lc 15, 22) e, acima de tudo, dar-nos aquele abraço longo, apertado, tão
apertado que fará dos dois corações um só coração, numa paz de amor que nunca
deverá acabar. “Fará uma festa, porque estávamos mortos e tornamos a viver,
estávamos perdidos e fomos encontrados”! (Lc 15, 24).
Precisamos não ter medo de largar todas as nossas tralhas
que carregamos. O que vamos receber é muito mais que isso! Vamos receber nossa
dignidade de filhos de Deus, e a vida eterna!
Não precisamos ter medo de Jesus, porque Ele está nos
esperando para vir ao nosso encontro. “Eu estarei com vocês todos os dias, até
a consumação dos séculos! (Mt 28,20). “Vocês não sabem que devo estar na casa
de meu pai”?” (Lc 2, 49). Vamos! “Lá o veremos, como nos tem dito!” (Mc 16, 7).
texto de Walter Uhle Filho
Fale a sua verdade mas também saiba ouvir a do outro
Recentemente descobri que não sou um bom ouvinte e comecei a
observar mais as pessoas nesse sentido. E constatei que muitas pessoas também
têm tendência à chatice.
Sim, porque chato é a...
quele que sempre tem uma opinião sobre tudo e que acha que
deve expressá-la a todo momento. O chato acredita que o outro não é capaz de
dizer tudo o que é necessário e que a sua contribuição para o assunto ou para
resolver o problema é fundamental e indispensável.
O Chato não quer ouvir, nao sabe ouvir, não suporta ouvir!
Só quer falar e justamente por isso acaba perdendo momentos preciosos da vida,
se afastando de pessoas maravilhosas de seu convívio. E o pior: é rotulado, com
razão, como arrogante!
É preciso exercitar a arte de ouvir porque quem não ouve não
cresce, fica apenas com a bagagem que já possui.
Reconheça mais e considere os pensamentos e sentimentos das
pessoas que convivem com você. Crie o hábito de perceber o que os outros querem
realmente dizer. Dê uma chance às pessoas colocarem por completo as suas
idéias, pô!
Saiba escutar! Aprenda a perceber as intenções e as
necessidades dos outros. Seja mais humilde e ouça as pessoas, as suas verdades.
Coloque-se no agora e deixe claro para si mesmo o que foi
dito pelo outro, tá? Interesse-se pelos planos, pelos ideais, pelos problemas e
pela vida de quem está diante de você, apenas tendo uma atitude de ouvir. Tenha
calma e abaixe a sua ansiedade quando estiver numa conversa. Fale mas também
ouça! Sorria mais, viu? Desenvolva mais o seu bom-humor e deixe mais à vontade
quem conversa com você.
Bom Dia! Bom Divertimento! Aquele abraço! Aquela Paz!
"Quem fala e não ouve é egoísta. Só sabe falar quem
sabe ouvir"
Mensagem de Luis Carlos Mazzini
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