Muitas são às vezes que rio
para esconder o pranto.
Muitas são às vezes que canto
só para espantar a solidão.
Muitas são às vezes que grito
para abafar o soluço.
Quantas vezes puxo o véu do esquecimento
pra tentar te esquecer.
Quantas vezes traço esboços
para encontrar uma saída.
Quantas vezes me pego falando com o vazio.
Quantas vezes lanço palavras ao vento,
que voltam mansamente se apoderando de mim.
Quantas vezes choro baixinho
sem ninguém pra me ouvir.
Quantas recordações se apoderam do meu coração.
Furtivas lembranças teimam em ficar num gesto de carinho
e se aninham em minh’alma.
Fonte: http://poesiamor.loveblog.com.br/
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