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AO MEU ANJO DA GUARDA

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

Glorioso Guardião de minh'alma,
Tu que brilhas lá no céu,
Como pura e doce chama
Ao lado do trono do Eterno,
Tu, por mim desces à terra
E com tua luz me iluminas,
Tornando-te meu irmão,
amigo e consolador.

VIVER DE AMOR

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

 

Santa Teresinha

Esta poesia foi escrita por nossa querida Santa Teresinha do Menino Jesus em 5 de fevereiro de 1895 e no dia 9 de junho deste mesmo ano na plenitude de sua vida espiritual se oferece como Vítima ao Amor Misericordioso e escreve o Ato de Oferenda.  Depois o publicarei na íntegra.

 

VIVER DE AMOR

No entardecer do Amor, falando sem figuras,
Assim disse Jesus: “Se alguém me quer amar,
Saiba sempre guardar minha Palavra
Para que o Pai e Eu o venhamos visitar.
Se do seu coração fizer Nossa morada,
Vindo até ele, então, haveremos de amá-lo
E irá, cheio de paz, viver
Em Nosso Amor!” Viver de Amor, Senhor, é Te guardar em mim,
Verbo incriado, Palavra de meu Deus,
Ah, divino Jesus, sabes que Te amo sim,
O Espírito de Amor me abrasa em chama ardente;
Somente enquanto Te amo o Pai atraio a mim.
Que Ele, em meu coração, eu guarde a vida inteira,
Tendo a Vós, ó Trindade, como prisioneira
Do meu Amor!…

MEU CANTO DE HOJE

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

Minha vida é um instante, um rápido segundo,
Um dia só que passa e amanhã estará ausente;
Só tenho, para amar-Te, ó meu Deus, neste mundo,
O momento presente!...

Como Te amo, Jesus! Por Ti minha alma anseia;
Sejas meu doce apoio por um dia somente.
Reina em meu coração: Teu sorriso incendeia
Agora, no presente!

Que me importa, Senhor, se no futuro há sombra?
Rezar pelo amanhã? Minha alma não consente!
Guarda meu coração puro! Cobre-me com tua sombra
Agora, no presente!

NAS MÃOS DE DEUS

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

 

Sou vossa, sois o meu Fim:

Que mandais fazer de mim?


Soberana Majestade

E Sabedoria Eterna,

Caridade a mim tão terna,

Deus uno, suma Bondade,

Olhai que a minha ruindade,

Toda amor, vos canta assim:

Que mandais fazer de mim?

Vossa sou, pois me criastes,

Vossa, porque me remistes,

Vossa, porque me atraístes

E porque me suportastes;

Vossa, porque me esperastes

E me salvastes, por fim:

Que mandais fazer de mim?


Que mandais, pois, bom Senhor,

Que faça tão vil criado?

Qual o ofício que haveis dado

A este escravo pecador?

Amor doce, doce Amor,

Vede-me aqui, fraca e ruim:

Que mandais fazer de mim?


Eis aqui meu coração:

Deponho-o na vossa palma;

Minhas entranhas, minha alma,

Meu corpo, vida e afeição.

Doce Esposo e Redenção,

A vós entregar-me vim:

Que mandais fazer de mim?

………………………………………..

Fonte: Obras Completas – Poesias V,VIII, II – Santa Teresa de Jesus (Edições Loyola, 2002).

BUSCANDO A DEUS

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

Alma, buscar-te-ás em Mim.
E a Mim buscar-me-ás em ti.

De tal sorte pôde o amor,
Alma, em mim te retratar,
Que nenhum sábio pintor
Soubera com tal primor
Tua imagem estampar.

Foste por amor criada,
Bonita e formosa, e assim
Em meu coração pintada,
Se te perderes, amada,
Alma, buscar-te-ás em Mim.

Porque sei que te acharás
Em meu peito retratada,
Tão ao vivo debuxada*,
Que, em te olhando, folgarás
Vendo-te tão bem pintada.

E se acaso não souberes
Em que lugar me escondi,
Não busques aqui e ali,
Mas , se me encontrar quiseres,
A Mim, buscar-me-ás em ti.

Sim, porque és meu aposento,
És minha casa e morada;
E assim chamo, no momento
Em que de teu pensamento
Encontro a porta cerrada.

Busca-me em ti, não por fora…
Para me achares ali,
Chama-me, que, a qualquer hora,
A ti virei sem demora,
E a Mim buscar-me-ás em ti.

*Debuxada: esboçada. Uso de sinônimo, por desconhecimento do seu significado na tradução para a língua portuguesa.

Fonte: Vaticano

“FELIZ O QUE AMA A DEUS”

Em homenagem  01/10

Poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus

Ditoso o coração enamorado

Que só em Deus coloca o pensamento;

Por Ele renuncia a todo o criado,

Nele acha glória, paz, contentamento.

Vive até de si mesmo descuidado,

Pois no seu Deus traz todo o seu intento.

E assim transpõe sereno e jubiloso

As ondas deste mar tempestuoso.

Fonte: Obras Completas – Poesias V,VIII, II – Santa Teresa de Jesus (Edições Loyola, 2002).

O DOCE ENREDO DA LUA

    “O doce enredo da lua” – Soneto - Duo


Contei para a brisa e para um doce luar,
As coisas mais sagradas de meu coração.

Bordei minha lenda com os beijos do mar
E com todos os belos sentidos da paixão.

Imagens e saudades fizeram-me chorar
Pérolas em gotas em meu delicado chão.

Sozinha, lembrei de teu profundo olhar
Envolvendo-me em paz, flor e fascinação
Desnudei-me, levada pelo doce enredo da lua
Aos versos confessei toda minha insensatez.

Senti entre as rimas, desejada paz, languidez
No contorno da alma, tatuada a imagem tua
Sinto a espuma das ondas, que meus pés acaricia.
Deixei-me levar, pela mão do mar,que tem pele macia.


Quartetos: Karla Bardanza
Tercetos: Glória Salles

Fonte: Luso Poemas